quarta-feira, 24 de junho de 2009

Diário de Carretilha II


Feriado de São João e o dia não amanheceu bom, mas pelo menos o vento tinha diminuído. Lá pelas 09h00m peguei a carretilha, o molinete e demais tralhas associadas e parti para o Buraco do Padre.

Armei primeiro a carretilha, soltei duas voltas no freio, fiz um rápido alongamento e meti o braço. Opa, até parecia que eu tinha lançado com molinete, pois lancei no primeiro canal (último de fora) que estava a uns 100 metros. Estou ficando bom nisso.

Fui armar a vara com molinete e mal coloquei as iscas, a vara killer com a carretilha bateu, bem fraquinho. Puxei e veio sem briga, pois tinha sargaço na linha. Era uma aratubaia (pampo galhudo) de uns 20 cm. O bichinho se ferrou em um anzol offset nº 1 da gamakatsu, incrível, pois a curva do anzol é maior que a boca do peixe. Se não estivesse usando uma linha de baixa elasticidade acredito que nem bateria, só descobriria quando puxasse.

Meia hora depois a vara com o molinete bateu bonito. Era um bagre de cerca de 1,50 quilos. A foto está abaixo.


Continuei pescando e trocando as iscas da vara com carretilha com maior frequência para poder fazer mais lançamentos. Em uma dessas demorei de frear com o dedão e ai, pimba: minha primeira "cabeleira" na praia. Não dá para vacilar com a carretilha. Inércia é igual a "cabeleira", ou como diz o Victor, colega da comunidade Pesca de Praia, "inércia é a mãe de todas as cabeleiras". Não foi aquela "cabeleeeiiira", mas levei uns três minutos para desfazer.

Não fechei o freio, mas fiquei bem mais atento, acompanhando toda a trajetória do chumbo até tocar na água. Não tive mais problemas.

Ficou a lição: não dá para ser displicente no uso da carretilha. O cara tem que ficar ligadão, o tempo todo.

Estou gostando da "maldita". Será que tem como colocar uma manivela decente?

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