sábado, 1 de agosto de 2009

Meu maior peixe na Pesca de Praia - Xaréu de 6,50 kg

Não lembro exatamente do ano, se 2004 ou 2005. Máquina fotográfica digital não era comum e lembro que depois da captura liguei para minha mulher pedindo que levasse a máquina fotográfica e ela teve que passar em uma farmácia para comprar filme de 35 mm e pilha para o flash. As fotos foram, portando, scaneadas.

A história foi assim: Tínhamos ido pescar pela manhã no Buraco do Padre, em Stella Maris, eu e o Epaminondas, e amargamos um "sapato" brabo, nem uma beliscada. Humilhados, combinamos uma pescaria a noite junto com um amigo dele, cujo nome não me recordo, mas lembro que era paulista de Piracicaba e falava com o sotaque característico daquela região.

Chegamos as 17:00 horas e começamos a pescar. As 18 horas, já tudo escuro, pois aqui no nordeste escurece cedo, o Pamir (Epaminondas) avisa que minha vara tinha batido. Corri para ela e não consegui tirar a vara do fincador (secretária) de tão esticada que estava. Tirei então o fincador da vara, levantando os dois e jogando o fincador no chão.

Avisei que era peixe grande e pedi ao Pamir que marcasse o tempo. O bicho parou então de correr para fora e começou a correr em direção ao sul. Regulei o freio do molinete soltando um pouco, pois a linha era uma caiçara 0,40, comprada baratinho pelo Célio em um BOX da CEASA que tinha fechado. O Anzol também era um mustad noruegês 12, não muito confiável.

Depois de algum tempo o bicho virou para o norte e ai eu comecei a forçar o recolhimento pois nessa direção tem pedras e poderiam quebrar a linha. O Pamir gritava para que eu puxasse logo e eu dizia que não dava, pois ia quebrar o anzól. Fui recolhendo quando dava e quando faltava uns quarentas metros, estimados pela quantidade de linha na bobina do molinete pois a lanterna de cabeça tem alcance limitado, o bicho começou a subir e descer, sentia na vara, enquanto ia ora para o norte hora para o sul. Quando passou da arrebentação, aproveitei uma onda e pus o bicho no seco. O Pamir pegou pela cauda, encerrando uma briga que durou 28 minutos.

Depois de eu gritar de alegria por dois minutos e ter dançado a Macarena, lembrei que tinha de fotografar e fui ao orelhão do Hotel Catussaba para ligar para a mulher. Nessa hora vi que o amigo do Pamir me olhava desolado e me disse que na mesma hora que o meu bateu, o dele também bateu, mas como ele estava pescando com material leve o bicho levou tudo em uma rápida arrancada, "secando" a linha do molinete e quase levando a vara e a espera, caso ele não tivesse segurado. Creio que naquela hora entrou na praia um cardume de xaréus, coisa que é muito comum aqui em Salvador, clique aqui para ver um vídeo à respeito.

Ao pescar no Buraco do Padre, tem que se estar preparado para essas boas surpresas.

O xaréu ficou no freezer por um mês, inteiro, sem fatiar, ocupando o lugar de duas gavetas. A cada visita que eu recebia em casa as minhas filhas já de brincadeira falavam do xaréu para que eu mostrasse.

Quando finalmente fomos comê-lo nem os dotes de excelente cozinheira de minha mulher salvaram. Ficou "seco" e não pegou tempero. Segundo o Mestre Célio, xaréu de mais de três quilos se não for comido fresco fica assim

Foto tirada no local da captura, as 19 horas, quando minha mulher chegou com a máquina fotográfica. Note que foi um dublê. Mas quem liga para um "bagrinho" de menos de um quilo quando se tem um xaréu de 6,5 quilos?

Dados:

Buraco do Padre - Praia de tombo.
18:00 - Maré cheia (reponte)
Vara NewPampo da Black Bear, hoje Okuma, (grafite). Ótima vara, tenho o blank de duas dessas varas até hoje.
Linha Caiçara 0,40
Anzol Mustad Norueguês 12
Isca Pititinga
Chumbada 150 g piramidal
Molinete Marine Force 4000
Chicote (parada) com linha Dourado 0,70 com pernada em 0,60.



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