Esta semana o "bicho pegou". Meu pai teve uma crise respiratória em pleno terminal de ônibus e que graças a pronta ação da Ivonildes que o acompanhava, uma guarnição da PM que o transportou e o bom e rápido atendimento no Hospital Aeroporto, teve um desfecho positivo. Contribuiu muito também a intervenção de Lindinalva e Ana Luiza, que chegaram antes ao hospital e anteciparam o quadro do paciente que estava para chegar.
Ele evoluiu de um diagnóstico inicial de falência pulmonar (fumou dos 12 até os 69 anos, hoje tem 84 anos) para infecção respiratória, e amanhã o respirador já deve ser retirado. Isto me anima em voltar a postar.
O caso foi o seguinte: Nossa amigo Ruy da Sandália Rosa em uma pescaria que fizemos no dia 12/06, junto com mais três amigos, e que eu não postei porque apenas um pescador pegou peixes (um desses peixes foi uma ótima carapeba de 600 gramas), deixou sua vara neste estado:
Imaginamos que o Ruy, no desejo desenfreado de lançar logo a linha na água, não encaixou direito a parte da vara e resultou nisto ai. Como eu tinha ido pescar com duas varas, cedi uma para ele e pesquei com apenas uma.
Depois de muita gozação e algumas cervejas, disse para ele que eu conseguiria consertar e que não ficaria nada digno de um Anselmo, mas que seria efetivo. Ele duvidou que a vara naquele estado pudesse ser consertada e isso me motivou.
Quando cheguei em casa deixei a vara ao sol, secando, e no final da tarde lavei a parte partida, cerca de 15 cm, com isopropanol e lixei com uma lixa 400. Voltei a lavar com isopropanol para retirar o pó da lixa e depois de seca passei resina epóxi (cola Scoth Mix) nos primeiros dois centímetros da parte quebrada, inclusive na parte interna das tiras (geratrizes), e peguei linha Linhanil 60 e comecei a enrolar na vara, como eu estivesse colocando um passador.
Mas a Linhanyl não suportava a tração necessária para colocar as tiras partidas no lugar e, partia antes que as tiras chegassem para o lugar. Apelei então para uma linha de multifilamento de 0,15 mm, de 20 libras (quase 10 quilos), e consegui ir arrumando e colando as tiras partidas.
Para que a resina não colasse na segunda seção da vara, que estava encaixada servindo de molde, passei vaselina na parte do encaixe.
E fui repetindo a mesma coisa, de dois em dois centímetros, até que ficou toda colada e enrolada e com as tiras relocadas e coladas.
No dia seguinte, à noite, o Ruy esteve aqui em casa para trazer mais resina para que eu terminasse o trabalho e adorou a cor rósea da linha que usei para fazer a amarração.
Como a vara Marine Power Surf é uma vara de grafite, de pouca resistência a esforços ortogonais, apliquei duas demãos de resina. Pena que não fotografei.
No dia18, em uma pescaria em Porto Sauípe, vide próximo relato, o Ruy estreiou a vara e funcionou muito bem. Hoje, dia 24, dei um passeio pela praia e encontrei ele e o Cesar Bigode pescando no Caporal e a vara lá, em pleno uso.
Não jogue fora sua vara de grafite quebrada. Ela pode ser restaurada.
mto bom o blog
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