Introdução
Dia 01 de abril, domingo, eu e o Juca fomos pescar no Rio Capivara, já que o Rio Joanes estava muito "sujo", com a água marrom e uma visibilidade de poucos centímetros, sendo a pescaria desaconselhada pelo pescaiaqueiro Wil, grande conhecedor do lugar.
Dia 01 de abril, domingo, eu e o Juca fomos pescar no Rio Capivara, já que o Rio Joanes estava muito "sujo", com a água marrom e uma visibilidade de poucos centímetros, sendo a pescaria desaconselhada pelo pescaiaqueiro Wil, grande conhecedor do lugar.
Chegamos por volta das 06h00, dia claro. Colocamos os caiaques na água e iniciamos o trabalho de picho. Nada de peixes e fomos descendo o rio, passamos por canais estreitos, praticamente arrastando o caiaque por cima da vegetação. Apelidamos esse local, onde Juca derrubou seu caríssimo celular na água, de "Beco do Galaxy".
Como na vez anterior eu tinha ido na frente e peguei um tucunaré grande, o Juca estava à frente e eu fui explorando as margens, pinchando. Troquei de isca e quando fiz o arremesso, ainda não acostumado como peso da nova isca, ela caiu em terra. Fui puxar a linha fortemente, meio de costas, meio de fundo, displicentemente, e..."tchibum": meu primeiro caldo. Abaixo coloco detalhes e a lição aprendida.
O Tucunão
Depois do "caldo", envergonhado, juntei-me ao Juca e como tinha quebrado uma vara e perdido a outra, o Juca emprestou-me uma, coloquei uma isca de superfície e descemos o rio pinchando. Em um local largo, comecei a ver movimentação de peixes grandes e avisei ao Juca. Depois de diversos pinchos, a água subiu em um "estrondo" ("eita" exagero!), minha isca sumiu e a vara vergou. Tava fisgado, mas só brigou para valer próximo ao caiaque, com a varinha toda vergada tive que trabalhar até o tucuna "pranchar" para poder embarcar. Olha o filminho feito pelo Juca, inicialmente distante e depois mais próximo.
Depois do "caldo", envergonhado, juntei-me ao Juca e como tinha quebrado uma vara e perdido a outra, o Juca emprestou-me uma, coloquei uma isca de superfície e descemos o rio pinchando. Em um local largo, comecei a ver movimentação de peixes grandes e avisei ao Juca. Depois de diversos pinchos, a água subiu em um "estrondo" ("eita" exagero!), minha isca sumiu e a vara vergou. Tava fisgado, mas só brigou para valer próximo ao caiaque, com a varinha toda vergada tive que trabalhar até o tucuna "pranchar" para poder embarcar. Olha o filminho feito pelo Juca, inicialmente distante e depois mais próximo.
Uma grande emoção. Obrigado amigo Juca.
O Rio Capivara
Você se admira com o Rio Capivara, é muito bonito neste trecho e com profundidade e largura que surpreendem. Veja as fotos do Juca.
O Rio Capivara
Você se admira com o Rio Capivara, é muito bonito neste trecho e com profundidade e largura que surpreendem. Veja as fotos do Juca.
(ckique nas imagens para ampliar)
O "Caldo"
Quando iniciei no uso do caiaque tinha um medo danado de adernar. O tempo vai passando, você vai usando e como o bichinho passa muita segurança, você acaba por esquecer que está em uma "casca de amendoim" e começa a "abusar". O Juca chega até a ficar em pé sobre o caiaque.
Pois foi nessa de "não tô nem ai" que dei um vacilo ao puxar uma linha presa em uma árvore, o caiaque balançou, instintivamente fiz o contrapeso mas não adiantou e dei com o "burro (eu) nágua".
Agora eu sei o que significa quando os caras dizem: "de repente, virei". É isso mesmo, fração de segundos, quando vi estava debaixo d'água. O colete puxou-me para cima, as fitas entre-pernas do colete fizeram seu trabalho e entraram entre as nádegas (hó humilhação) e doeu, mas boei. O vento forte já tinha levado o caiaque por uns dez metros (cara, como foi rápido!) mas a âncora que estava passada no anel deslizante segurou. Se fosse em mar aberto, lugar profundo, apenas o vento teria levado o caiaque para longe. O remo ficou em minhas mãos, estava sem o salva-remos.
O engraçado é que o vento levou o caiaque contra a correnteza (note no filme como o vento soprava forte) , pois sua maior área velica estava na superfície, mas eu tinha agora que nadar com colete, com a maior parte do corpo dentro d'água e então lembrei do Chico, caiaqueiro "macaco velho", falando da inacreditável correnteza do Capivara. O remo, inútil, ficou nas mãos deste inútil, então enfiei ele a entre a vegetação para tentar nadar. Não deu. Não dava para subir na margem, então fui agarrando na vegetação até chegar ao caiaque.
Santos filminhos do Youtube, clique aqui para ver, desvirei o caiaque e subi sem problemas, mas ao contrário, voltado para a popa, virei-me e subi a âncora. Usando o caiaque como prancha, deitei nele e remei com as mãos até onde estava o remo. Encalhei o caiaque na vegetação da margem e fui contabilizar os danos.
- Moral : perdida, quando a encontrei, abalada :-)
- Varas: a telescópica quebrada e a outra, com molinete, sumida
- Iscas: uma Inna "foguinho" e uma Sumax Marvada perdidas (não estavam dentro da caixa de iscas, a qual estava presa em um salva-caixa-de-iscas), não as achei boiando.
- Faca : embolada na corda da âncora, mas a bainha sumiu.
- Boné, achei na margem
- Óculos polarizado: pensei que que tinha perdido, mas estava nas costas e a gola do colete impedia de eu senti-lo
- Equipamentos da caixa traseira: estavam todos lá, a rede elástica que o Juca me presenteou segurou tudo que estava dentro da caixa.
- Documentos, dinheiro e celular molhados (deixei o fecho do protetor de documentos aberto). O celular, um Nokia antigão, funcionou (já vi que a bost... é mesmo o Motorola)
- Funcionamento do colete: estava muito folgado, bastante largo e quando cai na água, subiu para sair pela cabeça sendo retido pelas fitas entre as pernas (cordão cheiroso). Já estou apertado ele.
Na saída tentamos achar a vara perdida e o Juca até mergulhou, mas nada de encontrar. Desistimos.
Estava esperando o relato dele, mas o cara trabalha tanto que não teve como fazer o relato e hoje mandou o filminho e as fotos e estou relatando primeiro aqui no Blog.
A lição aprendida
Não é pelo rio ser estreito e com profundidade média de uns 2,50 metros que eu deva deixar de usar os "salvas" caiaque (leashe), remo, varas, caixas e ferramentas e colete. Uma combinação inesperada de fatores podem transformar um local seguro em perigoso ou, como foi o caso, trazer um bom prejuízo. Vou tomar mais cuidado.
Já em casa, pesei o tucunão: 1,56 kg.
As fotos e filme são do Juca.
Informação inserida em 05/04/2012 às 10h05min
Mapa do local e principais pontos (clique para ampliar).
Logo quando partimos, Milton pediu que eu seguisse, pois ele queria que eu pegasse o meu peixe dessa vez no Capivara. Eu fui pinchando e usando diversas iscas logo no ínicio. Um tempinho depois decidimos ir para o ponto onde Milton havia pego o tucuna na pescaria anterior. Fomos remando pelos igarapés e identificando os pontos que havíamos passado da vez anterior. Lá pelas tantas passamos pelo local onde meu SmartPhone mergulhou da vez anterior. :-) :-) :-0 Batizamos esse lugar de BECO GALAXY (uma referência ao aparelho da SAMSUNG que sobreviveu ao mergulho) kkkk
ResponderExcluirChegando ao local desejado, Milton novamente mandou que eu seguisse à diante para aproveitar os pontos mais promissores. Desci o rio e após um tempo, já havia cansado o braço de tanto arremessar as iscas e nada de peixe. Então resolvi parar pra tirar umas fotos do belo local e fazer as contas de quanto tempo que Milton já não aparecia.
Em seguida avistei o Parceiro chegando todo descabelado e molhado até as orelhas. Todo calado mas assustado como se tivesse visto uma assombração. kkkkkkk
Não comentei nada e chamei fazermos um lanche. Ancoramos e aí ele tomou uma Liber (0% "etanol"). Respirou fundo e foi contando que o caiaque havia virado, que havia quebrado uma vara e a outra a água tinha levado e que tinha passado o maior PERRENGUE. kkkkkkkkk
Graças a Deus, podemos rir, pois apesar do susto, não foi nada demais, pois o colete deu conta do recado e o preju ficou mesmo por conta do material perdido, mas que se recupera aos poucos.
Emprestei uma varinha com molinete para ele, que seguiu meio que indignado e dizendo em pensamento: AHHH SE EU PEGO UM TUCUNARÉ!!!! kkkkk E assim sumiu pelas curvas do rio.
Logo em seguida, eu o avistei e ele me deu sinal de que os grandões estavam na área. Mau terminou de dizer e subiu água pra tudo quanto é lado. Uma explosão que me fez parar e começar a filmar. Esse lindo Tucunaré aí de cima.
Na volta, já imaginando os estreitos que deveríamos passar até chegamos no carro, paramos no lugar onde Milton capotou o caiaque e perdeu as varas. Olhei para ele e disse, batizo esse local de Buraco da Shimano. kkkkkkkk
E assim foi um belo dia de pesca, com histórias para contar e todos são e salvos de volta para seus lares.
Cheguei em casa, tomei um banho e dormi até de noite. Quebrado de tanto remar e com as canelas queimadas e inchadas do sol, pois esqueci de passar protetor solar justamente na parte mais exposta. Mas já está tudo beleza.
Infelizmente o tempo ficou muito corrido e não deu para fazer um relato mais elaborado, mas MIlton deu conta do recado e fez um post detalhado e de muita qualidade sobre nossa pescaria.
Valeu Parceiro!! Vamos que vamos!!!
Obrigado pelo complemento, companheiro. Você é um cara 10!
Excluiroi, belo o tucunao, saludo da italia
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