Minha vida de cidadão e pescador está intimamente ligada ao Bairro de Itapuã e qual não foi minha surpresa ao ver a notícia acima, associada a uma grande construtura baiana de atuação internacional e um político.
Mesmo quem conhece pouco de Itapuã ficaria espantado com uma notícias dessas, pois como é possível se construir "meio" Bairro de Cajazeiras na ocupadíssima Itapuã que tem apenas 3,0 km de orla?
Espremido entre o Parque de Abaeté, área protegida, e os bairros de Stella Maris e Piatã, construir seis mil moradias na Praia de Itapuã, ainda que fossem prédios altos, implicaria em se fazer um aterro da Enseada de Itapuã, sufocando o Farol, Caymmi e Vinicius, um absurdo, mas que não impede que veículo da imprensa intimamente ligado a pessoas que estão presas e políticos nada sérios publique uma insanidade dessas que acabam sendo repetidas por pessoas de boa fé, mas ingênuas, que acreditam em tudo que tal semanário publica.
A informação é um produto. Nos supermercados aqueles produtos que dão maior lucro ao comerciantes, ou estão para vencer a validade, são dispostos sempre na entrada, no meio dos corredores, bem disponíveis para que você pegue e não compare com outros produtos dispostos nos locais certos, e talvez mais vantajosos.
Com a informação também é assim. Por isso algumas revistas lhe enviam tantos e-mais e cartas lhe propondo assinaturas com descontos incríveis e jornais são vendidos por cinquenta centavos. O que eles querem não é vender a notícia que você quer, verdadeira e imparcial, o que eles já venderam foi o poder de "fazer a sua cabeça" por terem facilidade de colocar o produto deles, a "informação fácil".
Uma construtora precisa "derrubar" um funcionário público que está atrapalhando os negócios por cumprir seu dever? É fácil, paga a uma revista safada que ela publica a notícia que aquele funcionário público recebeu dinheiro "por fora" de alguém, que a revista tem a fita com ele recebendo o dinheiro e que mostrará na semana seguinte.
Na semana seguinte o cara foi demitido, sofre ele e a família dele e a tal da fita não aparece nunca e fica tudo por isso mesmo. Como ela, a revista, não vai voltar ao assunto, o leitor de boa fé que só lê o que ela publica também esquece. A revista safada já recebeu o dinheiro da construtora safada e você acha que a revista prestou um grande serviço a sociedade.
Portando, se você quer a notícia verdadeira, isenta, ou pelo menos outra versão, para que não fique repetindo o que diz aquela revista semanal famosa ou jornal barato, pagando mico com quem corre atrás da verdadeira informação e é mais informado que você, busque outras revistas, jornais, blogs de jornalistas sérios que tenham um nome a zelar. Compre a informação como você fosse comprar um carro ou uma TV, procure, olhe, compare, analise e fique com a melhor, não com a que está mais fácil ou seja mais barata.
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